Page 38 - Da Terra
P. 38

Começava a fazer-se noite. Maria Alegria ba a os vales e a serra e no lusco fusco me a-se por carreiros
                    desesperada. Ela sabia que se não voltasse com as vacas para casa iria sofrer mar rios grandes.


                    Foi então que se deitou no chão e encostou o ouvido na terra e ouviu longe:
















                    Eram os sinos das vacas. Mas onde é que elas estavam que ela não as via?


                    Mais um trovão no céu…. Maria Alegria rezava a Santa Bárbara e quando o som do trovão terminava e tudo
                    em volta ficava em silêncio, Maria voltava a deitar-se no chão para ouvir o som dos sinos das suas vaquinhas.
















                    E toca de vir por aqueles matos por aí abaixo outra vez. E foi então que Maria Alegria conseguiu captar de

                    onde vinha o som do sino das vacas. E lá estavam elas, deitadinhas lá num abrigo debaixo de uns pinheiros, a
                    remoerem o seu repasto. E foi graças a este remoer que a Maria as encontrou pois isso fazia os sinos  lintar

                    baixinho. Trelim, trelim… trelim, trelim…

                    Maria Alegria chegou a casa, cansada, mas vitoriosa pois trazia com ela o seu maior tesouro: As vacas!




          38                                                                                                                                                                                                                                                                                                       39
   33   34   35   36   37   38   39   40   41   42   43